Dia do Gaúcho

O gaúcho:
           Desde a época da Revolução Farroupilha (1835-45) e especialmente depois da Guerra do Paraguay (1860-65) a palavra gaúcho passou a significar o homem do campo, ligado a atividade pastoril, de maneira específica e a identificar os nascidos no Rio Grande do Sul, de forma genérica. A mudança ocorrida não foi fruto de lei ou de imposição, mas resultado da evolução natural da sociedade e da compreensão de que o homem é parte integrante do ambiente em que vive e sua condição muito se deve aos fatores a que está submetido.

          Poderíamos resumir a trajetória do vocábulo “gaúcho”, dizendo que na época dos capitães-generais e primeiros proprietários era o ladrão, vagabundo e coureador; para os capitães de milícias e comandantes de tropas empenhadas na defesa das fronteiras, era bombeiro, chasque, isca para o inimigo; nas guerras da independência do Prata, era lanceiro, miliciano; depois, para os homens da cidade, era o trabalhador rural, homem afeito aos serviços do pastoreio, peão de estância, campeiro destro, sinônimo de guasca ou monarca; finalmente, desde os primórdios do século passado, um nome gentílico, a exemplo de carioca, barriga-verde, capixaba, fluminense (Manoelito Savaris – RS historia e identidade).

           Por tanto, o tradicionalista, de forma organizada, regrada, busca preservar usos, costumes e valores, legado por gerações, dos gaúchos “autênticos” (se tem como classificar de tal forma) formados na pampa rio-grandense. Uma tradição que sofre, a cada geração, ações provocadas pela dinamicidade do folclore, e por culturas alternativas (que estão sempre girando em torno do cerne cultural) se não possuir um mecanismo de preservação, desaparece (“do verbo deixa de existir“). A bombacha é um belo exemplo: Começou larga, foi estreitando ao uso das modas, hoje é praticamente colocada a vácuo em algumas pessoas. O lenço que foi sinônimo de identidade pela cor, tamanho, utilidade (sim, o lenço tinha utilidade), hoje, em alguns pescoços, nem dá para ver o nó.
          É… dá para pararmos para pensar, pode ser… só um pouco. E se alguém passa e diz para outra pessoa que ela é menos gaúcha, menos isso, menos aquilo, são opiniões, são ideias. E “ideias, não são metais que se fundem“, dizia um homem que usava lenço no pescoço e tinha identidade.
Fonte (www.rogeriobastos.com.br)

Postado em: 3 de setembro de 2018




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